quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Cidade Maravilhosa

É curioso ver um turista falar da cidade em que eu moro desde que nasci. Da minha cidade.
Como se trata de um turista, ele faz um recorte fugaz da cidade. É como uma foto, a captação de um momento, de um lugar, que se eterniza dentro desta pessoa e forma uma opinião.
Ao mesmo tempo, estando de fora, não pertencendo ao cotidiano, sendo estéril de várias influências e alguns pré-julgamentos, ele consegue ter um ponto de vista mais panorâmico, consegue decifrar certos códigos de comportamento que já não é mais (ou que nunca foi) enxergado pela gente daqui. O que lhe é estranho, salta-lhe aos olhos e só através do seu relato nos damos conta de que é algo peculiar, uma característica particular da cidade.
Não se trata de cair na mesmice-chatice de concordar ou discordar da opinião alheia, mas de escutá-la e pegar um pouco deste olhar estrangeiro emprestado, prá reolhar, rever.
Não sou daquelas cariocas com o sotaque carregaaado, nem daquelas que acham que o Rio é a única cidade que vale a pena morar, mas adoro esta cidade. É claro que algumas coisas me irritam, outras me entristecem , mas sua paisagem me salva constantemente, sua geografia me encanta e apaixona e eu adoro transitar pelas inúmeras almas que o Rio tem, pelas suas múltiplas personalidades.

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