Lei das Compensações

Como Caro Cinza escreve: nem tão branco , nem tão preto...

Mínimas e importantes melhoras diárias são recebidas com entusiasmo , porque representam um melhor prognóstico e o gemido do meu coração vai se tornando mais sereno.

As bolsas vem fazendo cada vez mais sucesso, há propostas e um projeto para o ano que vem.

L. depois do almoço pede melão de sobremesa. Não tem. Então, melancia. Acabou. Morango. Também acabou. Maçã? Não, mas tem o doce de leite que o Tio J. trouxe de viagem, olha que delícia!
-"Não gosto de doce-de-leite, Mamãe. Eu quero fruta!" (Definitivamente o menino da xicória do comercial foi inspirado na L.)
Fui ao hortifrutti com D.
O local estava tomado de um espírito natalino entusiástico. O locutor caminhava pela loja , apontando o microfone para as pessoas dizerem mensagens de Natal, os funcionários aplaudiam , assoviavam. Ele elogiava os companheiros de trabalho, agradecia a fidelidade da clientela, ...
Num dado momento juntaram-se todos na entrada da loja e iniciou-se um sorteio. Eu descarregando o carrinho, enquanto D. ia buscar a banana-da-terra que ele gosta de comer no café da manhã. Muita algazarra, mais assovios, palmas. Eu separando os gelados, os frágeis... e D. ensacando as compras.
-"E qual foi o caixa sorteadoah ?"
-"O nove!!"
Eu passando as últimas frutas e D. pegando o cartão na carteira.
Quando levanto os olhos, vejo vinte funcionários, seguindo o locutor com gorro do Papai Noel, caminhando na nossa direção. Olho para os lados e o supermercado inteiro nos fita. Olho para a placa do caixa: Nove!
-"Ei, D., nós fomos sorteados!"
-"Quê?"
-"É o nosso caixa! Ó a galera vindo prá cá..."
-"Ih!... Você fala no microfone!"
-"Quem tem experiência com microfone e palmas aqui é você!"

Ganhamos R$ 18,00 de desconto nas compras. Saímos com sorrisos nos rostos. Os R$18,00 não vão mudar nossa vida, mas que importa? Nós fomos sorteados!! E duas ou três nuvens se dissiparam e o dia ficou um pouco mais azul.